quinta-feira, setembro 15, 2011

Por onde Andei

Por onde andei vi pessoas normais, com suas limitações e vivências atemporais. Deparei-me com reações estranhas, paranormais e ocasionais. Vi o respeito sem eixo dissolver num piscar, vi a sombra de um arranha-céu sobre meus sonhos rondar, vi a insegurança se aproximar, quando foi vital tranquilizar, vi o acumulo de riquezas denegrir um caráter, ouvi mentiras ditas como se fossem verdades, vi desvios de conduta desabarem sobre mim, vi o orgulho dividir opiniões e até mesmo coagir, vi o ódio nas paredes com olhar de repulsa, senti a solidão me reprimir aos poucos, lugar oco, feito um poço a me consumir, vi soluços de medo de repente se calar, vi um circo de horrores, mas com seus palhaços a zombar. Antes de mais nada vi que os seres humanos são profanos, insanos, mas racionais com seus temores, amores e o que mais restar. E já pensando ter visto de tudo, pude ver que o vento faz a vida girar, e foi querendo apenas me defender que encontrei nas palavras a ideologia santa para sobreviver.

domingo, setembro 04, 2011

Amor Fênix

Na parede do meu quarto permanece com afeto um retrato de nós dois, que guardo pra lembrar de como tudo começou, pra esquecer de tudo que eu te disse, pra reviver um passado que anda tão presente e persiste. Nunca pensei que viveria emoções tão intensas, momentos de extrema pureza e alegria, os quais você fez par comigo, fui teu parceiro, confidente de prazer, fui teu amigo. Recordações que ainda vivem em mim, e que não se apagará como as luzes no fim de um espetáculo de cores, de magia, de flores. Teu amor pra mim foi poesia, fantasia, estória que gostei de ler. Aliança de costumes, perfumes, teu cheiro ainda existe em mim. É poético saber que não chegamos ao fim, vejo um recomeço, uma nova trama por vir, em meio à ciúmes, conversas, lenções de cetim, o nosso amor se regenera, é forte, é feito fênix pra mim.